sexta-feira, maio 04, 2012

Isto é tudo que sinto


Isto é tudo que sinto,
Porém vou dizer que minto,
Depois de tanto vinho tinto
Não era o terceiro quarto nem quinto
Tentei controlar meu pinto
E mijei pegando no cinto
Fique faminto
E pensei: isso é coisa do instinto
Como saio desse labirinto?
Encontrei o porteiro do prédio: Jacinto
E gritei: -  Socorro! Ajude este pobre quase extinto!!!
E ele perguntou aflito: O que faz você neste recinto?
Fiquei mudo e ele perguntou: Porque não me responde?
E eu falei: - É que acabou a rima.

 
 

quinta-feira, novembro 03, 2011

Apocalipse


Quão próximo da mediocridade eu passei;
Por quantos caminhos tortuosos eu precisei andar;
Com o pé na lama, desinteressado por vezes das coisas da vida;
Alheio a quase tudo, tratava com desdém as cores vívidas do dia.
Por qual merecimento teria eu a honra da tua presença.
Não um simples passar por mim,
Mas que dívida tinha o universo comigo,
Para por esse anjo ao meu lado?
Se tinha algo me faltando, completou-me.
Poderia estar escrito
Mas acredito que não;
Foi uma decisão divina
Para que eu conhecesse a plenitude de se completar com o outro.
Tudo que parecia incolor de repente tingiu-se em cores;
Tudo o que estava frio, imediatamente aqueceu-se;
O que para mim não tinha valor, virou obra de arte;
Assim, tendo o privilégio de ver glorioso futuro
Espero-te pela eternidade a tua vinda... meu amor!

quinta-feira, setembro 08, 2011


Segue a minha dor

Abranda a minha lembrança

Me faz perceber o sentido dessa história

Perdida no tempo

Mal acabada, destroçada, “torada dentro”



Se eu não entendo grego

Por que continuo me emaranhando nessa língua?

O que isso significa?

Purificação?

Eis então o meu silêncio agora

Não por desaforo,

Mas por humildade, resignação.

Como lutar contra a tempestade que chega sem avisar?

Sinto a dor, simplesmente

E permito ela passar.

sábado, julho 02, 2011


Estrada Nova

Oswaldo Montenegro


Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

domingo, junho 05, 2011

Sonho 05/06/2011

Sonho


 

Estava em algum lugar com algumas pessoas conversando não me lembro o que quando de repente sinto um ponto escuro na minha vista, tipo "moscas volantes" (fenômenos entópticos caracterizados por formas semelhantes a sombras que aparecem sozinhas ou junto com muitas outras no campo visual do indivíduo. –Wikipedia.org). Comento com alguém que está comigo sobre o ponto na vista e decido olhar para o ponto. Quando olho percebeo algo se formando dentro como uma imagem vista através de um buraco de uma fechadura: vejo uma porta que me parece familiar. Vou olhando e girando o olhar e vejo outra porta: reconheço que as duas portas são da casa onde vivi durantes anos com a minha família – ex-mulher e filhas. Continuo explorando o espaço e vejo uma pessoa: é a Isabel minha ex-companheira, só que bem mais nova. Vou explorando mais e girando o olhar e vejo minha filha Andressa ainda criança de "maria chiquinhas" e tudo isso agora numa área aberta que ficava entre a nossa casa e a casa de meu sogro e a casa da minha cunhada, destinada a festas. Vejo que tem mais pessoas que vou reconhecendo como sobrinhos e penso ser uma reunião de família. Percebo então que estou olhando para algum lugar do passado há aproximadamente 10 anos atrás.