quinta-feira, setembro 23, 2010

Plenitude


Esteja onde estiver que seja feliz.

O seu nome é um bálsamo que suaviza minha dor

Sua lembrança me faz feliz

Os caminhos por onde andou nasceram flores

e eu não ouso roubá-las.

Hoje você está comigo e amanhã será uma dádiva

o dia em que vier me visitar.

Assim somos todos um só

E bem aventurados somos por termos andado lado a lado.

Que toda a existência seja testemunha deste amor.

segunda-feira, setembro 13, 2010

VÁCUO


Não esteja na cidade onde eu estiver

Não deixe o seu nome surgir por onde eu passar os meus olhos

Saia de todas as minhas lembranças

Não pise por onde eu vou pisar

Não fale com nenhum de meus amigos, parentes e conhecidos.

Deixe de existir no meu passado,

Nunca se apresente no meu presente

Não se atreva a ser uma probabilidade no meu futuro

Assim nunca terás de me pedir perdão

E nunca teria eu que te perdoar por nada

Pois nada aconteceu

Nada existiu

E se algum resquício, algum fragmento, alguma milionésima parte de um grão de areia restar

Que isso seja sugado pelo mais longínquo buraco negro que estiver deste Universo.

Mas do que eu estou falando mesmo???

sexta-feira, setembro 10, 2010

Heavy Metal Do Senhor


Heavy Metal Do Senhor

Composição: Zeca Baleiro

"O cara mais underground
Que eu conheço é o diabo
Que no inferno toca cover
Das canções celestiais
Com sua banda formada
Só por anjos decaídos
A platéia pega fogo
Quando rolam os festivais...

Enquanto isso Deus brinca
De gangorra no playground
Do céu com santos
Que já foram homens de pecado
De repente os santos falam
"Toca Deus um som maneiro"
E Deus fala
"Agüenta vou rolar
Um som pesado"

A banda cover do diabo
Acho que já tá por fora
O mercado tá de olho
É no som que Deus criou
Com trombetas distorcidas
E harpas envenenadas
Mundo inteiro vai pirar
Com o heavy metal do Senhor..."


terça-feira, setembro 07, 2010

domingo, setembro 05, 2010

Soneto a Quatro Mãos (Paulo Mendes Campos/ Vinicius de Morais)


Soneto a Quatro Mãos (Paulo Mendes Campos/ Vinicius de Morais)

Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Marcas Esquecidas

Você fica em silencio ao meu lado

E no silêncio vai a sua presença,

o seu cheiro, a sua essência.

E assim aquilo que me cativava

Vai se tornando tênue, vago,

Como a areia levada pelo vento.

E quando der por mim

Não saberei mais de ti.

Nem presença

Nem lembrança.

E as cicatrizes que eu der por conta

Serão marcas esquecidas.